O que amo no Dry Martini, talvez tanto quanto seu sabor e efeito, é o processo. Por isso muitas vezes critiquei, embora considere incorreto o apego grosseiro aos métodos ou gostos que meu indivíduo (ou qualquer outro) aprecie. Nem tudo que se ama quer ou precisa ser defendido. Acho que a melhor dica que recebi a esse respeito veio de de uma amiga, bartender no Mao Sut Thailand Bar e responsável pela criação de drinques autorais de bares como o próprio Mao Sut e o Quentin’s:
“Quando te pedirem Dry Martini, pergunte como a pessoa prefere.” Costumo eu mesmo perguntar como é feito quando peço num bar.
No El Basco Loco disse como gosto de preparar e adorei o sorriso do bartender: “Então tu gosta de Dry Martini *mesmo*. Ótimo!”. Por sinal, ficou ótimo.
E já que estou divagando a respeito de um de meus drinques preferidos, segue minha citação favorita sobre ele, do colega em letras Ernest Hemingway:
“Quando perdido numa ilha, faça um ‘tini. Em cinco minutos aparece alguém pra reclamar de alguma imperfeição no preparo.”