Texto de Bruna Abeijon:
Como alguém que trabalha diretamente e basicamente com drinques autorais, te digo que, mesmo que existisse o registro de propriedade intelectual pra receitas, na prática não ia fazer diferença nenhuma.
Eu, Bruna, não acredito na propriedade intelectual da criação de um drinque, acho que nossas criações são parte de uma evolução da coquetelaria regional (seja regional definido por: do sul, do brasil ou do ocidente, etc) e concordo com o Rodrigo do Mocotó, acho um desserviço se agarrar a unhas e dentes a uma criação e não permitir a sua evolução, ou mesmo replicação.
Mas além dessa questão mais profunda e ideológica, acho que na prática não funcionaria pelo simples fato de que não tem como controlar se estão fazendo o seu drinque por aí, teria que abrir um processo contra cada bar, contratar advogado e talvez não desse em nada, ou talvez cara fosse condenado a pagar uma multa, mas o tempo que se gastou no processo é mais caro que essa multa, fora que não tem como a gente saber tudo que tá rolando em todos cardápios por aí, resumindo, a fiscalização seria MUITO dificil, tanto pela velocidade em que os cardápios mudam, quanto pelo quão numerosos eles são.
Na minha opinião, a melhor forma de ter um drinque reconhecido como seu é publicando, compartilhando a info mesmo, porque você vai ser reconhecido pelos que viram essa info como o autor, pode ser em uma revista (a Clube do barman publica receitas de bartenders de todo Brasil), fazendo um site, ou nos grupos de estudo mesmo, até porque vai ter a data dessa publicação ao lado do seu nome, e ainda é de graça